Pequeno Prefácio do Autor

2008 é nome da obra em que me insiro num universo da passionalidade ficcional.
Não sei se ao leitor agradará o ritmo e os recortes ou os possíveis surgimentos, sei sim que entre a verdade e aquilo que inventamos há um universo inteiro: é nesse universo que estamos no ano de 2008.
Prefaciando cada capítulo meu, encontro Waldo Motta, poeta dominador de almas que é.

O último capítulo Réquiem está na barra acima por um motivo último.
Os capítulos são interdependentes podendo ser acompanhados sem ordem ou pela ordem do leitor.

Classificação etária: maiores de 16 anos.

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sexta-feira, 8 de maio de 2009

Outono treze

Se mal sabe em que jogo entra quando o pequeno era fruto, agora, de mil discórdias e novos imprevistos. O inocente conversava alegre sobre a possibilidade de um dia morar na Ilha e falava muito bem sobre coisas do mar e dos ventos de Imbituba, cidade Zimba, à 100km aproximados da capital da Santa.

O não-coração do pequeno batia calmamente e permita-se adentro de uma viagem não sua, embora não lhe fosse dar continuidade jamais. Coisa feita com tantos passantes.

A estratégia dos detalhes era garantida, pois perguntando-os o pequeno mantinha o diálogo e o dialoguante. Ao pequeno no entanto sempre preferiu os paradigmas encontrados nas entrefalas e cortes de sorriso. Muitos que lhe colocaram no ouvido, nas bravezas da vida: também.

Mas passava-se algo desapercebido, talvez, o braço encostado, o rebraço, a postura do garoto de 17 anos esticada por tempo demais de um dorso bastante caro, pelos aspectos biológicos sim, mas do exercício natural de um menino praiano.

Nesses momentos é que o outro não sabe do jogo subentendido estabelecido pelo autor: o falante se encontra interessante ao ouvido, o ouvido se mostra interessado à fala, mas nada disso diz respeito às paixões. Por humana humanidade, claro, todos e quem não se sentiria bem ao lado daqueles que nos ouvem com orelhas atenciosas e sem julgamento?

- Esta é a ilha que nunca pisei.

Mas olhava mesmo era para o nosso pequeno, uma curiosidade tardia, talvez, um sonho de perder a primeira vista da ponte naquele dia, de outono nublado.

O pequeno não se moveu em alma e espirrou talvez uma certa piedade. A sua arrogância já sabia e o prevenia de que se fora sortudo, o inocente nunca mais cruzaria ônibus consigo.

As aventursa na ilha eram um despacho do tempo solitário. Era um desacordo ludibrioso em que a demência lhe toma certo corpo e por onde poderíamos achá-lo feliz. Se essa palavra o coubesse. Sim.

O inocente carregou sua mala leve sem recusas, com admiração perdeu-se na ilha, ficou sabendo mais tarde em seus novos momentos. Ele não conhecia nada e o minúsculo não ofereceu nada de si. Nem uma dica, nem uma rota, nem uma estrada. Que vá à praia.

- E onde você vai ficar?

Como sorri ainda? Pensou não respondendo mais uma vez, pediu a mala com as mãos. Que o outro tocou.

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